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Lista de Contradições do Espiritismo

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(Artigo católico – favor desconsiderar doutrinas católicas falsas)

A doutrina da reencarnação é comum a vários sistemas religiosos, todos de fundo gnóstico. Ela provém de um erro a respeito do problema do mal e da justiça divina. Modernamente, a doutrina da reencarnação se tornou muito difundida pelo espiritismo.

Os reencarnacionistas defendem a tese de que cada pessoa teria várias vidas, e se reencarnaria para pagar os pecados de uma vida anterior. Desse modo, cada vida nos seria concedida para expiar erros, que não conhecemos, de uma vida que teríamos tido. Cada reencarnação seria um castigo pelos males que praticamos em vidas anteriores. Não haveria inferno. O castigo do homem seria viver neste mundo material, e não tornar-se puro espírito. Para os reencarnacionistas, “o inferno é aqui”.

Eles recusam admitir que esta vida é única, e que, após a morte, somos julgados por Deus e premiados com o céu, ou punidos temporariamente no purgatório, ou condenados eternamente ao inferno. Exigem uma “nova oportunidade”, enquanto recusam mudar de vida agora. A eles poderia ser aplicado o que diz um autor a respeito do tempo e do adiamento dos deveres: “Por que prometes fazer, num futuro que não tens, aquilo que recusas fazer no tempo que tens?”. Assim também o que defende a teoria da reencarnação pretende melhorar nas futuras vidas – que imagina terá – o que se recusa a melhorar já, na vida que tem.

Para os hinduístas, a reencarnação poderia se dar pela transmigração do espírito até no corpo de um animal ou planta. Para os espíritas, a reencarnação se daria apenas em corpos humanos.

REFUTAÇÃO

  1. Se a alma humana se reencarna para pagar os pecados cometidos numa vida anterior, deve-se considerar a vida como uma punição, e não um bem em si. Ora, se a vida fosse um castigo, ansiaríamos por deixá-la, visto que todo homem quer que seu castigo acabe logo. Ninguém quer ficar em castigo longamente. Entretanto, ninguém deseja, em sã consciência, deixar de viver. Logo, a vida não é um castigo. Pelo contrário, a vida humana é o maior bem natural que possuímos.
  2. Se a alma se reencarna para pagar os pecados de uma vida anterior, dever-se-ia perguntar quando se iniciou esta série de reencarnações. Onde estava o homem quando pecou pela primeira vez? Tinha ele então corpo? Ou era puro espírito? Se tinha corpo, então já estava sendo castigado. Onde pecara antes? Só poderia ter pecado quando ainda era puro espírito. Como foi esse pecado? Era então o homem parte da divindade? Como poderia ter havido pecado em Deus? Se não era parte da divindade, o que era então o homem antes de ter corpo? Era anjo? Mas o anjo não é uma alma humana sem corpo. O anjo é um ser de natureza diversa da humana. Que era o espírito humano quando teria pecado essa primeira vez?
  3. Se a reencarnação fosse verdadeira, com o passar dos séculos haveria necessariamente uma diminuição dos seres humanos, pois que, à medida que se aperfeiçoassem, deixariam de se reencarnar. No limite, a humanidade estaria caminhando para a extinção. Ora, tal não acontece. Pelo contrário, a humanidade está crescendo em número. Logo, não existe a reencarnação.
  4. Respondem os espíritas que Deus estaria criando continuamente novos espíritos. Mas então, esse Deus criaria sempre novos espíritos em pecado, que precisariam sempre se reencarnar. Jamais cria ele espíritos perfeitos?
  5. Se a reencarnação dos espíritos é um castigo para eles, o ter corpo seria um mal para o espírito humano. Ora, ter corpo é necessário para o homem, cuja alma só pode conhecer através do uso dos sentidos. Haveria então uma contradição na natureza humana, o que é um absurdo, porque Deus tudo fez com bondade e ordem.
  6. Se a reencarnação fosse verdadeira, o nascer seria um mal, pois significaria cair num estado de punição, e todo nascimento deveria causar-nos tristeza Morrer, pelo contrário, significaria uma libertação, e deveria causar-nos alegria. Ora, todo nascimento de uma criança é causa de alegria, enquanto a morte causa-nos tristeza. Logo, a reencarnação não é verdadeira.
  7. Vimos que se a reencarnação fosse verdadeira, todo nascimento seria causa de tristeza. Mas, se tal fosse certo, o casamento – causador de novos nascimentos e reencarnações – seria mau. Ora, isto é um absurdo. Logo, a reencarnação é falsa.
  8. Caso a reencarnação fosse uma realidade, as pessoas nasceriam de determinado casal somente em função de seus pecados em vida anterior. Tivessem sido outros os seus pecados, outros teriam sido seus pais. Portanto, a relação de um filho com seus pais seria apenas uma casualidade, e não teria importância maior. No fundo, os filhos nada teria a ver com seus pais, o que é um absurdo.
  9. A reencarnação causa uma destruição da caridade. Se uma pessoa nasce em certa situação de necessidade, doente, ou em situação social inferior ou nociva — como escrava, por exemplo, ou pária – nada se deveria fazer para ajudá-la, porque propiciar-lhe qualquer auxílio seria, de fato, burlar a justiça divina que determinou que ela nascesse em tal situação como justo castigo de seus pecados numa vida anterior. É por isso que na Índia, país em que se crê normalmente na reencarnação, praticamente ninguém se preocupa em auxiliar os infelizes párias. A reencarnação destrói a caridade. Portanto, é falsa.
  10. A reencarnação causaria uma tendência à imoralidade e não um incentivo à virtude. Com efeito, se sabemos que temos só uma vida e que, ao fim dela, seremos julgados por Deus, procuramos converter-nos antes da morte. Pelo contrário, se imaginamos que teremos milhares de vidas e reencarnações, então não nos veríamos impelidos à conversão imediata. Como um aluno que tivesse a possibilidade de fazer milhares de provas de recuperação, para ser promovido, pouco se importaria em perder uma prova – pois poderia facilmente recuperar essa perda em provas futuras – assim também, havendo milhares de reencarnações, o homem seria levado a desleixar seu aprimoramento moral, porque confiaria em recuperar-se no futuro. Diria alguém: “Esta vida atual, desta vez, quero aproveitá-la gozando à vontade. Em outra encarnação, recuperar-me-ei” . Portanto, a reencarnação impele mais à imoralidade do que à virtude.
  11. Ademais, por que esforçar-se, combatendo vícios e defeitos, se a recuperação é praticamente fatal, ao final de um processo de reencarnações infindas?
  12. Se assim fosse, então ninguém seria condenado a um inferno eterno, porque todos se salvariam ao cabo de um número infindável de reencarnações. Não haveria inferno. Se isso fosse assim, como se explicaria que Cristo Nosso Senhor afirmou que, no juízo final, Ele dirá aos maus: “Ide malditos para o fogo eterno”? (Mt. XXV, 41)
  13. Se a reencarnação fosse verdadeira, o homem seria salvador de si mesmo, porque ele mesmo pagaria suficientemente suas faltas por meio de reencarnações sucessivas. Se fosse assim, Cristo não seria o Redentor do homem. O sacrifício do Calvário seria nulo e sem sentido. Cada um salvar-se-ia por si mesmo. O homem seria o redentor de si mesmo. Essa é uma tese fundamental da Gnose.
  14. Em conseqüência, a Missa e todos os Sacramentos não teriam valor nenhum e seriam inúteis ou dispensáveis. O que é outro absurdo herético.
  15. A doutrina da reencarnação conduz necessariamente à idéia gnóstica de que o homem é o redentor de si mesmo. Mas, se assim fosse, cairíamos num dilema:
    1. Ou as ofensas feitas a Deus pelo homem não teriam gravidade infinita;
    2. Ou o mérito do homem seria de si, infinito.

    Que a ofensa do homem a Deus tenha gravidade infinita decorre da própria infinitude de Deus. Logo, dever-se-ia concluir que, se homem é redentor de si mesmo, pagando com seus próprios méritos as ofensas feitas por ele a Deus infinito, é porque seus méritos pessoais são infinitos. Ora, só Deus pode ter méritos infinitos. Logo, o homem seria divino. O que é uma conclusão gnóstica ou panteísta. De qualquer modo, absurda. Logo, a reencarnação é uma falsidade.

  16. Se o homem fosse divino por sua natureza, como se explicaria ser ele capaz de pecado? A doutrina da reencarnação leva, então, à conclusão de que o mal moral provém da própria natureza divina. O que significa a aceitação do dualismo maniqueu e gnóstico. A reencarnação leva necessariamente à aceitação do dualismo metafísico, que é tese gnóstica que repugna à razão e é contra a Fé.
  17. É essa tendência dualista e gnóstica que leva os espíritas, defensores da reencarnação, a considerarem que o mal é algo substancial e metafísico, e não apenas moral. O que, de novo, é tese da Gnose.
  18. Se, reencarnando-se infinitamente, o homem tende à perfeição, não se compreende como, ao final desse processo, ele não se torne perfeito de modo absoluto, isto é, ele se torne Deus, já que ele tem em sua própria natureza essa capacidade de aperfeiçoamento infindo.
  19. A doutrina da reencarnação, admitindo várias mortes sucessivas para o homem, contraria diretamente o que Deus ensinou na Sagrada Escritura. Por exemplo, São Paulo escreveu: “O homem só morre uma vez” (Heb. IX, 27).Também no Livro de Jó está escrito:

    “Assim o homem, quando dormir, não ressuscitará, até que o céu seja consumido, não despertará, nem se levantará de seu sono” (Jó, XIV,12).

  20. Finalmente, a doutrina da reencarnação vai frontalmente contra o ensinamento de Cristo no Evangelho. Com efeito, ao ensinar a parábola do rico e do pobre Lázaro, Cristo Nosso Senhor disse que, quando ambos morreram, foram imediatamente julgados por Deus, sendo o mau rico mandado para o castigo eterno, e Lázaro mandado para o seio de Abraão, isto é, para o céu. (Cfr. Lucas XVI, 19-31)

E, nessa mesma parábola Cristo nega que possa alguma alma voltar para ensinar algo aos vivos.

Em adendo a tudo isto, embora sem que seja argumento contrário à reencarnação, convém recordar que na, Sagrada Escritura, Deus proíbe que se invoquem as almas dos mortos.

No Deuteronômio se lê: “Não se ache entre vós quem purifique seu filho ou sua filha, fazendo-os passar pelo fogo, nem quem consulte os advinhos ou observe sonhos ou agouros, nem quem use malefícios, nem quem seja encantador, nem quem consulte os pitões [os médiuns] ou advinhos, ou indague dos mortos a verdade. Porque o Senhor abomina todas estas coisas e por tais maldades exterminará estes povos à tua entrada” (Deut. XVIII-10-12).

Referências:

http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=cadernos&subsecao=apologetica&artigo=reencarnacao&lang=bra

http://examedadoutrinaespirita.blogspot.com.br/2011/07/ha-contradicoes-nos-livros-espiritas-de.html

http://www.verdadeonline.net/textos/1078.htm

http://berakash.blogspot.com.br/2014/03/as-contradicoes-espiritas-na-eternidade.html

http://cristisantana.blogspot.com.br/2009/04/contradicoes-do-espiritismo.html

http://soldadosdosenhor.blogspot.com.br/2012/05/alan-kardec-e-as-contradicoes-dos.html

 

 

 


Machado de Assis Destruindo o Espiritismo

Crônicas de Machado de Assis publicadas na Gazeta de Notícias nos seguintes dias (acesse a fonte clicando em cada data):

1) 5 de outubro de 1885:

Mal adivinham os leitores onde estive sexta-feira. Lá vai; estive na sala da Federação Espírita Brasileira, onde ouvi a conferência que fez o Sr. M. F. Figueira sobre o espiritismo.

Sei que isto, que é uma novidade para os leitores, não o é menos para própria Federação, que me não viu, nem me convidou; mas foi isto mesmo que me converteu à doutrina, foi este caso inesperado de lá entrar, ficar, ouvir e sair, sem que ninguém desse pela coisa.

Confesso a minha verdade. Desde que li em um artigo de um ilustre amigo meu, distinto médico, a lista das pessoas eminentes que na Europa acreditam no espiritismo, comecei a duvidar da minha dúvida. Eu, em geral, creio em tudo aquilo que na Europa é acreditado. Será obcecação, preconceito, mania, mas é assim mesmo, e já agora não mudo, nem que me rachem. Portanto, duvidei, e ainda bem que duvidei de mim.

Estava à porta do espiritismo; a conferência de sexta-feira abriu-me a sala de verdade.

Achava-me em casa, e disse comigo, dentro d’alma, que, se me fosse dado ir em espírito à sala da Federação, assistir à conferência, jurava converter-me à doutrina nova.

De repente, senti uma coisa subir-me pelas pernas acima, enquanto outra coisa descia pela espinha abaixo; dei um estalo e achei-me em espírito, no ar. No chão jazia o meu triste corpo, feito cadáver. Olhei para um espelho, a ver se me via, e não vi nada; estava totalmente espiritual. Corri à janela, saí, atravessei a cidade, por cima das casas, até entrara na sala da Federação.

Lá não vi ninguém, mas é certo que a sala estava cheia de espíritos, repimpados em cadeiras abstratas. O presidente, por meio de uma campainha teórica, chamou a atenção de todos e declarou abertos os trabalhos. O conferente subiu à tribuna, traste puramente racional, levantaram-lhe um copo d’água hipotético, e começou o discurso.

Não ponho aqui o discurso, mas um só argumento. O orador combateu as religiões do passado, que têm de ser substituídas todas pelo espiritismo, e mostrou que as concepções delas não podem mais ser admitidas, por não permiti-lo a instrução do homem; tal é, por exemplo, a existência do diabo. Quando ouvi isto, acreditei deveras. Mandei o diabo ao diabo, e aceitei a doutrina nova, como a última e definitiva.

Depois, para que não dessem por mim (porque desejo uma iniciação em regra), esgueirei-me por uma fechadura, atravessei o espaço e cheguei a casa, onde… Ah! que não sei de nojo como o conte! Juro por Allan-Kardec, que tudo o que vou dizer é verdade pura, e ao mesmo tempo a prova de que as conversações recentes não limpam logo o espírito, de certas ilusões antigas.

Vi o meu corpo sentado e rindo. Parei, recuei, avancei e disse-lhe que era meu, que, se estava ocupado por alguém, esse alguém que saísse e mo restituísse. E vi que a minha cara ria, que as minhas pernas cruzavam-se, ora a esquerda sobre a direita, ora esta sobre aquela, e que as minhas mãos abriam uma caixa de rapé, que os meus dedos tiravam uma pitada, que a inseriam nas minhas ventas. Feitas todas essas coisas, disse a minha voz.

— Já lhe restituo o corpo. Nem entrei nele senão para descansar um bocadinho, coisa rara, agora que ando a sós…

— Mas quem é você?

— Sou o diabo, para o servir.

— Impossível! Você é uma concepção do passado, que o homem…

— Do passado, é certo. Concepção vá ele! Lá porque estão outros no poder, e tiram-me o emprego, que não era de confiança, não é motivo para dizer-me nomes.

— Mas Allan-Kardec…

Aqui, o diabo sorriu tristemente com a minha boca, levantou-se e foi à mesa, onde estavam as folhas do dia. Tirou uma e mostrou-me o anúncio de um medicamento novo, o rábano iodado, com esta declaração no alto, em letras grandes: “Não mais óleo de fígado de bacalhau”. E leu-me que o rábano curava todas as doenças que o óleo de fígado já não podia curar — pretensão de todo medicamento novo. Talvez quisesse fazer nisto alguma alusão ao espiritismo. O que sei é que, antes de restituir-me o corpo, estendeu-me cordialmente a mão, e despedimo-nos como amigos velhos:

— Adeus, rábano!

— Adeus, fígado!

2) 7 de junho de 1889:

Bons dias!

Não gosto que me chamem profeta de fatos consumados; pelo que, apresso-me em publicar o que vai suceder, enquanto o Conselho de Estado se acha reunido no paço da cidade.

Verdade seja, que o meu mérito é escasso e duvidoso; devo o principal dos prognósticos ao espírito de Nostradamus, enviado pelo meu amigo José Basílio Moreira Lapa, cambista, proprietário, pai de um dos melhores filhos deste mundo, vítima do Monte Pio e de um reumatismo periódico.

Lapa está naquele período do espiritismo em que o homem, já inclinado ao obscuro, dispõe de razão ainda clara e penetrante, e pode entreter conversações com os espíritos. Há, entretanto, uma lacuna nessa primeira fase: é que os espíritos acodem menos prontamente, e a prova é que desejando eu consultar Vasconcelos, Vergueiro ou o Padre Feijó, como pessoas de casa, não foi possível ao meu amigo Lapa fazê-las chegar à fala; só consegui Nostradamus. Não é pouco; há mestres que não o alcançariam nunca.

A segunda fase do espiritismo é muito melhor. Depois de quatro ou cinco anos (prazo da primeira), começa a pura demência. Não é vagarosa nem súbita, um meio-termo, com este característico: o espírita, à medida que a demência vai crescendo, atira-se-lhe mais rápido. O último salto nas trevas dura minuto e meio a dois minutos. Há casos excepcionais de cinco e dez minutos, mas só em climas frios e muito frios, ou então nas estações invernosas. Nos climas quentes e durante o verão, o mais que se terá visto, é cair em três minutos.

Não se entenda, porém, que esta queda é apreciável por qualquer pessoa; só o pode ser por alienistas e de grande observação. Com efeito, para o vulgo não há diferença; desde o princípio da alienação mental (isto é, começado o segundo prazo do espiritismo, que é depois de quatro ou cinco anos, como ficou dito), o espírita está perdido a olhos vistos; os atos e palavras indicam o desequilíbrio mental; não há ilusão a tal respeito. Conversa-se com eles; raros compreendem logo em princípio o sol e a lua; mostram-se todos afetuosos leais e atentos. Mas o transtorno cerebral é claro. Toda a gente vê que fala a doentes.

Entretanto, (mistério dos mistérios!) é justamente assim e principalmente depois do último salto nas trevas, que os espíritos vagabundos ou penantes acodem ao menor aceno, não menos que os de pessoas célebres, batizadas ou não.

Tem-se calculado que, dos espíritos evocados durante um ano, 28 por cento o foram por espíritas ainda meio sãos (primeira fase); 72 por cento pertencem aos mentecaptos. Alguns estatísticos chegam a conceder aos últimos 79 por cento; mas parece excessivo.

Não importa ao nosso caso a porcentagem exata; basta saber que, para a melhor evocação e mais fácil troca de idéias, é preferível o maníaco ao são, e o doido varrido ao maníaco. Nem pareça isto maravilha; maravilha será, mas de legítima estirpe. Montaigne, muito apreciado por um dos nossos primeiros senadores e por este seu criado, dizia com aquela agudeza que Deus lhe deu: C’est un grand ouvrier de miracles que l’esprit humain! Os milagres do espiritismo são tais; a rigor, é o espírito humano que faz o seu ofício.

Eu chegaria a propor, se tivesse autoridade científica, um meio de desenvolver esta planta essencialmente espiritual. Estabeleceria por lei os casamentos espíritas, isto é, em que ambos os cônjuges fossem examinados e reconhecidos como inteiramente entrados na segunda fase. Os filhos desses casais trariam do berço o dom especial, em virtude da transmissão. Quando algum, escapando pela malhas dessa lei natural (todos as têm) chegasse a simples mediocridade, paciência; os restantes, confinando na idiotia e no cretinismo (com perdão de quem me ouve), preparariam as bases de um excelente século futuro.

Venhamos ao nosso Lapa. Evocado Nostradamus, vi claramente o que ele referiu ao evocador. Em primeiro lugar, a maioria do Conselho de Estado é contrária à dissolução da Câmara dos Deputados, que alguns dizem incorretamente (explicou ele) “dissolução das Câmaras”. Sairá o gabinete de 10 de março. É convidado o Sr. Correia, depois o Sr. Visconde do Cruzeiro, depois novamente o Sr. Correia, e o Sr. Visconde de Vieira da Silva. Este, apesar de enfermo, tentará organizar um gabinete que concilie as duas partes do Partido Conservador; não o conseguirá; será chamado o Sr. Saraiva, que não aceita; sobe o Sr. Visconde de Ouro Preto e estão os liberais de cima.

Boas noites.

3) 29 de agosto de 1889:

Bons dias!

Hão de fazer-me esta justiça, ainda os meus mais ferrenhos inimigos: é que não sou curandeiro, eu não tenho parente curandeiro, não conheço curandeiro, e nunca vi cara, fotografia ou relíquia, sequer, de curandeiro. Quando adoeço não é de espinhela caída, — coisa que podia aconselhar-me a curandeira; é sempre de moléstias latinas ou gregas. Estou na regra; pago impostos, sou jurado, não me podem argüir a menor quebra de dever público.

Sou obrigado a dizer tudo isso, como uma profissão de fé, porque acabo de ler o relatório médico acerca das drogas achadas em casa do curandeiro Tobias. Saiu hoje; é um bom documento. Falo também porque outras muitas coisas me estimulam a falar, como dizia o curandeiro-mor, Mal das Vinhas, chamado, que já lá está no outro mundo. Falo ainda, porque nunca vi tanto curandeiro apanhado, — o que prova que a indústria é lucrativa.

Pelo relatório se vê que Tobias é um tanto Monsieur Jourdain, que falava em prosa sem o saber; Tobias curava em línguas clássicas. Aplicava, por exemplo, solanum argentum, certa erva, que não vem com outro nome; possuía umas cinqüenta gramas de aristolochia appendiculata, que dava aos clientes; é a raiz de mil-homens. Tinha, porém, umas bugigangas curiosas, esporões de galo, pés de galinha secos, medalhas, pólvora e até um chicote feito de rabo de raia, que eu li rabo de saia, coisa que me espantou, porque estava, estou e morrerei na crença de que rabo de saia é simples metáfora. Vi depois o que era rabo de raia. Chicote para quê?

Tudo isto, e ainda mais, foi apanhado ao Tobias, no que fizeram muito bem, e oxalá se apanhem as bugigangas e drogas aos demais curandeiros, e se punam estes, como manda a lei.

A minha questão é outra, e tem duas faces.

A primeira face é toda de veneração; punamos o curandeiro, mas não esqueçamos que a curandeira foi a célula da medicina. Os primeiros doentes que houve no mundo, ou morreram ou ficaram bons. Interveio depois o curandeiro, com algumas observações rudimentárias, aplicou ervas, que é o que havia à mão, e ajudou a sarar ou a morrer o doente. Daí vieram andando, até que apareceu o médico. Darwin explica por modo análogo a presença do homem na terra. Eu tenho um sobrinho, estudante de medicina, a quem digo sempre que o curandeiro é pai de Hipócrates, e, sendo o meu sobrinho filho de Hipócrates, o curandeiro é avô do meu sobrinho; e descubro agora que vem a ser meu tio, — fato que eu neguei a princípio. Também não borro o que lá está. Vamos à segunda face.

A segunda é que o espiritismo não é menos curanderia que a outra, e é mais grave, porque se o curandeiro deixa os seus clientes estropiados e dispépticos, o espírita deixa-os simplesmente doidos. O espiritismo é uma fábrica de idiotas e alienados, que não pode subsistir. Não há muitos dias deram notícia as nossas folhas de um brasileiro que, fora daqui, em Lisboa, foi recolhido em Rilhafoles, levado pela mão do espiritismo.

Mas não é preciso que dêem entrada solene nos hospícios. O simples fato de engolir aqueles rabos de raia, pés de galinha, raiz de mil-homens e outras drogas vira o juízo, embora a pessoa continue a andar na rua, a cumprimentar os conhecidos, a pagar as contas, e até a não pagá-las, que é meio de parecer ajuizado. Substancialmente é homem perdido. Quando eles me vêm contar uns ditos de Samuel e de Jesus Cristo, sublinhados de filosofia de armarinho, para dar na perfeição sucessiva das almas, segundo estas mesmas relatam a quem as quer ouvir, palavra que me dá vontade de chamar a polícia e um carro.

Os espíritas que me lerem hão de rir-se de mim, porque é balda certa de todo maníaco lastimar a ignorância dos outros. Eu, legislador, mandava fechar todas as igrejas dessa religião, pegava dos religionários e fazia-os purgar espiritualmente de todas as suas doutrinas; depois, dava-lhes uma aposentadoria razoável.

Boas noites!

Fonte: Copiado de
http://ocontornodasombra.blogspot.com.br/2011/01/o-espiritismo-segundo-machado-de-assis.html

Houdini Contra o Espiritismo

A face mais conhecida de Harry Houdini é a de mágico e ilusionista, mas ao longo de sua vida ele foi muito mais do que isso.
Houdini deu início a uma campanha obstinada contra mediuns e espiritualistas que usavam de truques semelhantes aos empregados pelos ilusionistas para enganar pessoas desesperadas em busca de conforto. A razão pela qual Houdini combateu tão insistentemente essa prática é que ele próprio foi vítima de um desses falsos mediums que tentaram tirar dinheiro dele explorando seu sofrimento.
Após a morte de sua mãe, Cecilia, aos 72 anos, Houdini caiu em profunda depressão. Ele dizia que seu trabalho era tudo o que permitia que seguisse em frente e que o choque pela morte da mãe era uma dor da qual ele jamais seria capaz de se recuperar.
A dor de Houdini era tamanha que logo se tornou uma obsessão, ele era frequentemente visto no cemitério onde Cecilia havia sido enterrada, chorando e conversando com a mãe. Amigos o aconselharam então a buscar conforto no espiritualismo, uma prática que estava muito em voga na época. Houdini, tendo conduzido várias sessões espíritas falsas no início de sua carreira, logo descobriu que os mediums que ele visitou usavam truques baratos de mágica, tapeando seus clientes. Furioso, o grande mágico desmascarou falsos mediums que fingiam ser capazes de se comunicar com o mundo espiritual.
Houdini sabia que era capaz de duplicar esses métodos no palco e que deveria alertar outras pessoas para que elas não fossem vítimas de aproveitadores. Logo ele se tornou um inimigo declarado dos falsos espiritualistas investigando seus métodos e mais tarde declarando uma cruzada contra todos eles.
Em 1920, durante uma turnê na Inglaterra, Houdini conheceu Sir Arthur Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes e porta voz dos Espiritualistas. À despeito de suas crenças opostas a respeito do sobrenatural, os dois se tornaram imediatamente bons amigos. Houdini ficou feliz em conhecer ao menos uma pessoa esclarecida que estava disposta a discutir o sobrenatural e encontrou esse homem na figura de Conan Doyle. O autor por sua vez era um defensor do espiritualismo e havia deixado a própria carreira de lado para advogar por essa causa, ele esperava convencer Houdini de sua crença. Embora a atitude dos dois fossem diferente eles se respeitavam.
Harry aceitou acompanhar Conan Doyle em sessões espíritas organizadas na Inglaterra, mas continuou a ser um cético. Ele não estava convencido, nem mesmo diante de mediums respeitados que eram tidos como legítimos por Conan Doyle. Envergonhado por ele mesmo ter usado de truques para disfarçar sessões espíritas, Houdini mostrou a Doyle os truques de palco que os larápios usavam.
Em 1922, Sir Arthur viajou a Nova York para uma série de palestras na América e Houdini o recebeu como hóspede. Os dois continuaram a divergir a respeito da veracidade das sessões espíritas e Conan Doyle terminou por convidar o mágico a conhecer uma medium que poderia mudar sua forma de pensar. Os dois participaram de uma sessão espírita em um Hotel de Atlantic City em que a medium tentaria estabelecer contato com a própria mãe de Houdini.
As coisas não saíram como o esperado, Houdini detectou uma fraude muito bem engendrada e furioso interrompeu a sessão acusando a todos os presentes de serem coniventes ou ignorantes.
A amizade com Conan Doyle então azedou e os dois se converteram em rivais. Doyle acreditava que as façanhas de fuga de Houdini envolviam elementos de sobrenatural e acusava o mágico de negar a fonte de sua incrível habilidade. Para ele, Houdini era capaz de usar espíritos e de transformar certas partes de seu corpo em ectoplasma para escapar das correntes e algemas que o prendiam. Esses comentários deixaram o mágico ainda mais furioso: “Meus números nada tem de sobrenatural, eles são decorrentes de treinamento e dedicação. Me ofende ouvir esse tipo de alegação infundada de alguém que deveria ser razoável“.

Em retaliação, Houdini lançou um ataque em grande escala a todos os psíquicos fraudulentos. Ele produziu e atuou em um filme denúncia chamado “O Homem do Além”, onde mostrava como os alegados mediums usavam truques baratos de mágica para ludibriar seus clientes. Ele escreveu exaustivamente em colunas de jornais advertindo as pessoas a não confiar em falsos guias espirituais e abrir os olhos para esse tipo de mau caráter que se aproveita da dor alheia. Houdini passou a ser chamado de “Debunker” – algo como desmascarador – pelos jornais da época e o termo rapidamente pegou.

Embora continuasse a trabalhar em seus espetáculos, Houdini usava seu tempo livre para perseguir os “abutres que atacam os ingênuos”. Por vezes ele comparecia a sessões espíritas usando barba falsa, bigode e outros disfarces, para observar os mediums em ação. Quando ele era capaz de detectar um truque, ele revelava sua identidade com as palavras: “Eu sou Houdini! E você é uma fraude!”
Suas ações receberam uma intensa cobertura da mídia e publicidade. Mais do que qualquer coisa, Houdini ansiava por encontrar um espiritualista verdadeiro – um medium que pudesse estabelecer contato com sua querida mãe e garantir que ela estava bem.
Além de expor os mediums e suas farsas, Houdini começou a apresentar em seus shows manifestações espirituais demonstrando como os truques eram feitos. Ele deixava claro que nada sobrenatural acontecia durante essas apresentações.
Mas o próprio Houdini repetia: “Eu estou disposto a ser convencido. Minha mente está aberta, mas a prova deve ser incontestável e não deixar vestígio de dúvida para que eu passe a acreditar no poder do sobrenatural“.
Para provar que tinha a mente aberta, Houdini fez um pacto com alguns de seus amigos pessoais. Quando ele morresse, tentaria fazer contato com o mundo dos vivos através de qualquer canal possível. Ele estabeleceu uma série de palavras confiadas apenas à sua esposa Bess para que ela reconhecesse que era ele quem tentava contatá-la do outro mundo. Se algum medium fosse capaz de repetir as palavras que ele confidenciou à esposa em segredo seria uma forma de se provar a veracidade do contato com os mortos.
No início de 1923 ele decidiu que precisaria viajar pelo país para alertar as pessoas do perigo dos espiritualistas fraudulentos. Ele também promovia seu livro, “Um Mágico entre os Espíritos“, que havia sido publicado naquele mesmo ano. Houdini ofereceu uma soma de 10 mil dólares para qualquer medium que demonstrasse verdadeiras capacidades psíquicas.

Uma famosa espiritualista americana chamada Mina Crandon se apresentou alegando ter faculdades psíquicas e poder se comunicar com seu irmão, Walter, que havia morrido em um acidente ferroviário em 1911. Walter era seu guia espiritual que intercedia e encontrava outros espíritos que quisessem se comunicar com os vivos. Mina havia se tornado uma sensação em Boston e atraia a atenção das pessoas.
Diferente de outras mediums como Helena Blavatsky ou Eusapia Palladino, Mina era uma mulher jovem e atraente com uma postura impecável que não raramente cativava as pessoas ao seu redor antes mesmo de iniciar a sessão. Mesmo Houdini concordava que Mina era impressionante e conduzia as sessões com autoridade e desenvoltura. Um de seus maiores defensores era justamente Arthur Conan Doyle que a considerava “uma das mais poderosas mediums do mundo” e “alguém com um dom incrível”.
Ansioso por conhecê-la pessoalmente, Harry viajou para Boston a fim de testemunhar uma sessão em pessoa. Em Julho de 1923, Houdini foi recebido na casa de Mina Crandon. Ele desejava participar da sessão e ter a mesma experiência que os demais, por isso não usou qualquer disfarce. Para muitos foi o maior duelo entre crentes e céticos do século. De um lado o grande debunker, do outro a grande medium.
Houdini assistiu atentamente toda a sessão: um sino tocou sem ninguém o manipular, uma voz masculina foi ouvida chamando por ele na escuridão e um vaso voou pela sala se espatifando na parede. Houdini ficou em silêncio durante toda a sessão que durou mais de duas horas. Quando terminou agradeceu educadamente e saiu sem dizer nenhuma palavra.
No dia seguinte em uma entrevista coletiva ele revelou o que havia visto: “Uma total Fraude!” anunciou à plenos pulmões diante da platéia de jornalistas e curiosos. Houdini reconheceu que os truques eram muito bem executados mas demonstrou como cada um deles podia ter sido realizado, sobretudo em um lugar devidamente preparado como a casa dos Craydon. Ele explicou cada um dos truques usados e chegou até a repetir como o truque do vaso voador e do sino podia ser repetido por qualquer mágico de quinta categoria.
Houdini convidou Mina para uma nova sessão, dessa vez em sua casa com objetos que ele próprio forneceria. À contra gosto a medium aceitou. O resultado foi um fiasco e o espírito guia que falava em alto e bom tom na primeira sessão, sequer se manifestou na segunda. Mina alegou que a falta de fé de Houdini era tamanha que causava um bloqueio espiritual, Houdini tinha outra opinião: “O Bloqueio é pura e simplesmente o fato da senhora não estar em seu ambiente onde tudo foi devidamente preparado” retorquiu o mágico.
Não obstante, Mina Crandon se declarou vitoriosa no duelo afirmando que Walter, seu espírito guia, alertou Houdini que sua descrença poderia produzir terríveis consequências no futuro. Quando Houdini morreu três anos depois o alerta de Walter foi lembrado por alguns defensores da medium.
Houdini faleceu em 1926, vítima de complicações decorrentes de apendicite aguda e de golpes na região abdominal desferidos por um fã.
Pouco depois de sua morte, as famosas sessões para contatar o espírito de Houdini tiveram início e não é de surpreender que continuem até hoje. Bess, a viúva de Houdini aceitou receber vários espiritualistas interessados em tentar estabelecer um contato com seu marido.

Quase semanalmente, um novo medium se apresentava alegando ter conseguido contatar o mágico no outro mundo, mas nenhum ofereceu provas contundentes até 1928, quando o famoso Arthur Ford anunciou que tinha uma mensagem para Bess. Ford dizia que a mensagem era da mãe de Houdini e consistia de uma única palavra “perdão”. Bess anunciou que a mensagem passada por Ford era a primeira que aparentava alguma veracidade.

Em Novembro, outra mensagem foi trazida por Ford, dessa vez vindo do próprio Houdini. Entrando em um transe, o místico disse as palavras “Rosabelle, resposta, diga, a resposta, diga, a resposta, resposta, acredite”.
Depois dessas palavras, Bess começou a chorar emocionada e afirmou que Ford havia acertado a respeito da palavra código que Houdini tinha dito para a esposa. “Rosabelle” segundo ela era o nome da música que estava tocando quando Harry e Bess se conheceram décadas antes, apenas os dois sabiam disso e Bess afirmava jamais ter revelado esse segredo a ninguém.
A mensagem parecia autêntica e a pista final de que Houdini havia conseguido enviar uma mensagem do outro mundo. Mas será que Houdini se comunicou realmente?
Logo em seguida foram levantadas várias dúvidas a respeito da interpretação de Ford, ainda que Bess o defendesse. Amigos de Houdini afirmaram que Ford havia tido acesso a um diário que pertenceu a Harry e que a pista para a palavra podia ser encontrada ali. Ford foi acusado de fraude e jamais recebeu a recompensa que Bess prometeu a qualquer um que estabelecesse contato com seu finado marido. Até o fim da vida, Ford continuou jurando que a mensagem era de Houdini.
Bess continuou recebendo mediums interessados em contatar Houdini, mas nenhum outro conseguiu produzir resultados concretos. A última sessão “oficial” aconteceu em 1936, exatamente dez anos após a morte de Houdini. Um grupo de amigos, colegas mágicos, ocultistas, cientistas e a própria Bess se reuniram no Hotel Knickbocker em Hollywood. Eddy Saint, um místico famoso conduziu a sessão que foi transmitida ao vivo por rádio e contou com toda a “pompa e circunstância” que a ocasião demandava.

Saint falou em alto e bom tom para milhares de ouvintes: “Houdini! Você pode nos ouvir? Você está aqui, Houdini? Por favor manifeste-se… Nós estamos aguardando, Houdini, por muito tempo! Você ainda não conseguiu apresentar as evidências que prometeu. E agora, este é o momento… o mundo está ouvindo, Harry… Levite a mesa! Mova os objetos! Erga a mesa! Dê uma mostra de sua presença! Revele o código, Harry… nós pedimos!”

Saint e os demais aguardaram ansiosamente, em suas casas as pessoas também esperavam por algum sinal do famoso mágico. Saint finalmente se voltou para Bess: “Sra. Houdini, creio que não tivemos sucesso. Já se passaram dez anos. A senhora chegou a alguma conclusão?”
A voz de Bess Houdini então ecoou através do rádio ao redor do mundo. “Sim, Houdini não nos atendeu. Minha última esperança se foi. Eu não acredito que Harry irá se comunicar comigo – ou com qualquer outra pessoa. Está acabado. Boa noite, Harry!”
Segundo a lenda, nesse exato momento uma violenta tempestade teria desabado sobre o hotel com raios e trovões. Mais tarde as pessoas afirmaram que a tempestade foi tão rápida e incomum que só podia ter sido causada pelo espírito do mágico em seu derradeiro truque.
Lendas ou mentiras? Quem realmente pode dizer? Houdini foi e continua sendo um enigma. Se por um lado ele tinha a mente aberta e buscava resposta para suas perguntas, por outro ele era um cético quanto ao mundo sobrenatural e tudo o que ele representava. Se algo pode ser dito a respeito de Harry Houdini é que ele jamais será esquecido.
Fonte: Copiado de http://mundotentacular.blogspot.com.br/2011/04/o-grande-desmascarador-houdini-e.html

Reencarnação

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Fonte: http://www.questionsonislam.com/article/reincarnation-mentioned-quran


Zul Karnain, Gog e Magog

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Obs: Gog e Magog parecem ser muitos, pois virão de “cada colina”. A parte da história que fala de um povo que não tinha proteção contra o sol, este povo localizava-se no extremo leste “onde o sol nasce”: Isto pode ser uma expressão do fenômeno do dia de 6 meses em regiões polares.

Sobre conjecturas:

18:22 Alguns diziam: Eram três, e o cão deles perfazia um total de quatro. Outros diziam: Eram cinco, e o cão totalizava seis,tentando, sem dúvida, adivinhar o desconhecido. E outros, ainda, diziam: Eram sete, oito com o cão. Diga: Meu Senhor conhece melhor do que ninguém o seu número e só poucos o desconhece! Não discutais, pois, a respeito disto, a menos que seja de um modo claro e não inquiras, sobre eles, ninguém

Referências:

http://www.iranchamber.com/history/articles/zolqarnain_cyrus_quran.php

http://tribune.com.pk/story/468799/zulqarnain-alexander-or-cyrus/

http://www.answering-christianity.com/king_cyrus.htm


Maioridade somente aos 40 anos? VERSÍCULO 46:15

O versículo abaixo nos mostra uma sequência de fatos comuns ao desenvolvimento dos humanos, desde sua concepção até o momento em que atinge 40 anos, neste ponto parece que tal idade indicaria o momento de maturidade do ser humano:

40anosswssdA expressão “força plena” acima também já foi traduzida por “maturidade” por alguns autores, seu original é أَشُدَّهُ, tal significado pode ser conferido também em: 6:152, 12:22, 17:34, 18:82, 22:5, 28:14 e 40:67.


A Pobreza é uma Obrigação?

O seguinte trecho nos faz pensar se a pobreza é uma condição para sermos muçulmanos:

42:27

وَلَوْ بَسَطَ اللَّهُ الرِّزْقَ لِعِبَادِهِ لَبَغَوْا فِي الْأَرْضِ (…)

E se Deus prodigalizasse a Sua graça(no sentido material) aos Seus servos, eles transgrediriam na terra(…)

Se olharmos a história de Salomão no Alcorão, parece que um muslim pode sim ser rico, tanto é que ele possuía até um palácio de cristal:

27:44 Foi-lhe(à rainha de Sabá) dito: Entra no palácio! E quando o viu, pensou que no piso houvesse água; e, (recolhendo a saia), descobriu as suas pernas; (Salomão) lhe disse: É um palácio revestido de cristal. Ela disse: Ó Senhor meu, em verdade fui iníqua; agora me consagro, com Salomão, a Deus, Senhor do Universo!

Portanto o trecho pode ter um significado que se refira à totalidade dos servos de Deus. Se pensarmos como seria se todos crentes vivessem na abundância e em como se comportam a maioria das pessoas que vivem no luxo, então temos que aceitar isto tudo.


O Destino Correto da Peregrinação é Jerusalém?

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21:98 Mal interpretado

De acordo com alguns missionários cristãos, o seguinte trecho implicaria na ida de Jesus ao Inferno:

21:98 Certamente vós e o que adorais além de Deus serão a lenha do inferno(…)

A lógica é clara, Jesus não é Deus [5:75], milhões de cristãos estão adorando Jesus hoje e até mesmo o Alcorão reconhece isso [5:119], portanto, Jesus será o combustível para o fogo do inferno [21:98] juntamente com os cristãos. Isto contradiz claramente os versos que garantem um lugar especial de Jesus perto de Allah [Sura 3:45; 4:158 e outras].

Refutação:

Vamos ver o que o árabe realmente diz no versículo 21:98: Certamente vós e o que adorais além de Deus serão a lenha do inferno(…)

A palavra “ma” traduzido como “o que” no versículo 21:98 é usado para se referir a coisas/objetos e, raramente, se referiria a pessoas. Nem seria necessário argumentar se lêssemos apenas três versículos adiante:

21:101 Em verdade, aqueles a quem predestinamos o Nosso bem, serão afastados disso.
Fontes:
http://www.quran-islam.org/main_topics/quran/false_accusations/contradiction_claims/part_one_%28P1338%29.html
http://www.islamic-awareness.org/Quran/Contrad/Internal/qi032.html