Livro – Islam A Religião Verdadeira

ISLAM

A Religião Verdadeira

                                          

Por

Abdullah Muslim

Conteúdo

Introdução……………………………………………………… 1

  1. A Verdade………………………………………………….. 2
  1. A Crença…………………………………………………….. 4

 

2.1 O Monoteísmo………………………………………………..5

2.2 O Alcorão………………………………………………………7

  1. A Prática…………………………………………………….14
  1. Algumas questões e fatos……………………….19
  1. A Situação Brasileira……………………………….33
  1. Referências……………………………………………….37

Em Nome de Allah, O Misericordioso, O Misericordiador.

Introdução

O objetivo desta obra é apresentar o Islam para os não muçulmanos, principalmente para aqueles que nunca obtiveram informações sobre o Islam ou que o conhecem apenas por meios exteriores como a mídia em geral. Não queremos um aprofundamento detalhado em aspectos das práticas religiosas ou o apego a questões políticas, mas sim proporcionar a cada leitor a oportunidade de conhecer os princípios básicos do Islam por meio de uma exposição simples e acessível. Também procuraremos esclarecer diversos preconceitos, difamações e boatos que as pessoas têm, vêem ou ouvem a respeito do Islam.

Desejamos que esta obra possa ajudá-los na busca pela verdade.

Que Allah, O Soberano de tudo e de todos possa aceitar este humilde esforço por Sua causa e que abençoe a todos aqueles que O procuram com sinceridade.

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  1. A Verdade

Quando perguntamos se algo é verdade, queremos saber se ele existiu, existe ou existirá; independentemente de se tratar de um ser concreto ou abstrato. Não há nada que exista e não exista ao mesmo tempo, portanto a existência é um fato único, logo a verdade teria que ser única já que se refere à existência.

 Algumas pessoas dizem que a verdade é algo relativo e que existe mais de uma verdade ou que cada pessoa tem a sua verdade, este fato controverso nos levaria ao absurdo de afirmar que não existem mentirosos, pois, se cada pessoa possui uma verdade sobre um determinado assunto, então todas falam uma verdade sobre ele, não importando o quanto tais “verdades” sejam discrepantes. Imaginemos duas pessoas: Uma acredita que existe uma bola dentro de uma caixa fechada e a outra acredita que não, qual das duas estará correta? Claro que somente uma delas, portanto não podemos dizer que as duas pessoas têm uma verdade sobre o assunto, pois somente uma delas estará correta. O mesmo ocorre para as religiões: As pessoas crêem em coisas discrepantes, umas acreditam que Deus existe e outras não, umas acreditam que imagens podem servir para a adoração e outras não; enfim, devido a este caráter excludente da verdade, concluímos que somente um grupo estará correto, pois toda afirmação ou é verdadeira ou é falsa. Logo, aqueles que dizem

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que cada um tem a sua verdade deveriam observar melhor o conceito de verdade e mudar o seu dito para “cada um tem sua opinião”.

Como a verdade é única e as opiniões e pregações a respeito de um único tema como a religião são tantas, tão distintas e opostas umas das outras, concluímos que existem muitos mentirosos. Tudo o que é dito só possui valor se for verdadeiro, no entanto muitos se apropriam da falsidade para obterem benefícios desonestamente e, depois de enriquecerem em prestígio e riquezas, não reconhecem seus erros e não recuam em suas más ações somente para não perderem o que conseguiram. Desta forma, preferem continuar mentindo.

No caso da religião em geral temos: Aquilo que as pessoas tomam por verdadeiro define-se como crença cuja força chama-se Fé. Já que é esperado que cada pessoa haja de acordo com seus princípios ou crenças, então, quanto melhor a crença, melhor serão as ações e de uma crença falsa ou de uma Fé fraca surgirão ações e consequências falhas, ruins e imperfeitas.

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  1. A Crença

Comecemos fazendo algumas considerações semânticas: A palavra Islam em árabe significa submissão e a palavra muslim surge dela e significa submisso, ou seja, aquele que tem por religião o Islam. Tal nomencIatura contrasta com as das demais religiões ou ideologias cujos nomes surgiram de pessoas, por exemplo: Cristão vem de Cristo, Judeu vem de Judá, Budismo vem de Buda e Marxismo vem de Marx. Todos os Profetas de Allah consideravam-se apenas muçulmanos, monoteístas sinceros:

“Abraão jamais foi judeu nem cristão; foi, outrossim, monoteísta, muçulmano, e nunca se contou entre os idólatras.” (Alcorão Sagrado, Capítulo 3, versículo 67).

Em português chamam um muslim de muçulmano e esta submissão é feita a Allah que é a palavra utilizada para Deus no idioma árabe assim como God é a palavra utilizada para Deus em inglês, é bom salientar isto, pois muitas pessoas acreditam que os muçulmanos acreditam em outro Deus que se chama Allah.

A partir de agora utilizaremos a palavra “Allah”, por ser mais conveniente devido, principalmente, ao fato de a palavra “Deus” ter surgido da palavra “Zeus” que era uma divindade pagã.

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2.1 O Monoteísmo

A base do Islam é o monoteísmo que significa existência e unicidade de Allah, sem esta crença as práticas religiosas estariam desprovidas de sentido. Este fato é expresso por uma expressão árabe que se lê aproximadamente assim “Lá ilaha illa Allah” e significa “Não existe divindade além de Allah”. Esta expressão faz parte da Shahada ou testemunho de fé que todo muçulmano faz ao se reverter ao Islam, esta foi a principal mensagem de todos os mensageiros e profetas de Allah e, se alguém, discorda desta frase ou a distorce de qualquer forma, então não será muçulmano e, se alguém, concorda com ela de todo o coração e se submete a Allah de livre e espontânea vontade, então ele será muçulmano. Tal frase tem tanto peso no Islam que costumam sussurrá-la nos ouvidos dos bebês recém nascidos, pronunciá-la antes da hora da morte e diversas vezes ao longo do dia principalmente durante as orações.

A maior verdade que existe é o monoteísmo, portanto a maior mentira que existe é negar o monoteísmo, pois se Allah não existisse, nada existiria. Aliás, a única verdade que existe é o monoteísmo, pois do fato que ele representa, surgiram todos os outros fatos. Logo, segundo o Islam, a doutrina da trindade é uma blasfêmia profundamente imensurável assim como qualquer adoração não voltada para Allah, veja um trecho traduzido do significado do Nobre Alcorão:

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“São blasfemos aqueles que dizem: Allah é um da Trindade! porquanto não existe divindade alguma além do Allah Único. Se não desistirem de tudo quanto afirmam, um doloroso castigo açoitará os incrédulos entre eles.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 5, versículo 73).

          Outra forma de distorcer o monoteísmo é a associação de parceiros a Allah como os santos: A devoção faz parte da adoração, portanto devemos ser devotos apenas de Allah consagrando-nos a Ele e permanecendo assim para sempre.

          Muitos dizem que Jesus é filho de Allah e, desta forma, acabam por atribuir divindade a Jesus para adorá-lo. A criação de Jesus é parecida com a de Adão, no entanto Adão não teve nem sequer mãe, no entanto ninguém atribui divindade a Adão para adorá-lo no lugar de Allah como a maior parte da cristandade faz com Jesus. Se formos observar melhor, partindo disto, os muçulmanos são mais seguidores de Cristo do que muitos que se dizem cristãos, pois ele adorava somente a Allah e os muçulmanos também, enquanto que muitos “cristãos” adoram a Jesus, ao Espírito Santo ou imagens de “santos”.

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2.2 O Alcorão

O Alcorão é o Livro Sagrado dos muçulmanos, em árabe o seu nome significa recitação. Ele foi revelado por Allah Que incubiu o anjo Gabriel para a transmissão da Mensagem para o Profeta Muhammad a quem muitas vezes chamam de Maomé, mas o preferível é chamá-lo de Muhammad. A revelação se estendeu por um período de 23 anos tendo início em 610 d.C, Muhammad era iletrado e isso constitui mais um sinal, o Alcorão não contém palavras dele ou de nenhum outro homem, mas sim de Allah.

Uma das muitas vantagens do Alcorão é que ele foi revelado em árabe e o árabe é uma língua viva falada por muitas nações hoje em dia, ele ainda se encontra no idioma original diferente de muitos textos bíblicos dos quais restaram apenas traduções para outros idiomas. Existem muitos fatos e sinais que comprovam o Alcorão como sendo um Livro revelado por Allah:

– A auto afirmação

“Esse é Livro. Nele, não há dúvida alguma. É orientação para os piedosos.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 2, versículo 2).

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“Este é um Alcorão honorabilíssimo,
Num Livro bem guardado,
Que não tocam, senão os purificados!
É uma revelação do Senhor do Universo.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 56, versículos 77, 78, 79 e 80).
“Se tivéssemos feito descer este Alcorão sobre uma montanha, tê-las-ias visto humilhar-se e fender-se, por temor a Allah. Tais exemplos propomos aos humanos, para que raciocinem.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 59, versículo 21).

“É impossível que este Alcorão tenha sido elaborado por alguém que não seja Allah. Outrossim, é a confirmação das (revelações) anteriores a ele e a elucidação do Livro indubitável do Senhor do Universo.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 10, versículo 37).

O Desafio em aberto

          Existe um desafio em aberto proposto no próprio Alcorão de compor uma surata (capítulo) que seja pelo menos semelhante a algum de seus capítulos, devemos destacar que o menor capítulo do Alcorão possui apenas dez palavras e os melhores escritores árabes não foram capazes de compor algo parecido em conteúdo, beleza e profundidade, mesmo ao longo

dos muitos séculos que se passaram.

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“E se tendes dúvidas a respeito do que revelamos ao Nosso servo (Mohammad), componde uma Surata semelhante às dele (o Alcorão), e apresentai as vossas testemunhas, independentemente de Allah, se estiverdes certos. Porém, se não o fizerdes, e certamente não podereis fazê-lo, temei, então, o fogo infernal cujo combustível serão os homens e as pedras; fogo que está preparado para os incrédulos.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 2, versículos 23 e 24).

– O Alcorão comprova a ciência e vice-versa    

          Existem fatos científicos diversos citados no Alcorão, a maior parte deles foi apenas recentemente descoberta pela ciência. Podemos citar questões que envolvem o cérebro humano, a embriogênese, geologia dentre outros. Fatos impressionantes que foram citados na época em que as pessoas não sabiam ao certo o que eles representavam são hoje difundidos e aceitos na comunidade científica global, tal aspecto comprova que a imagem que as pessoas possuem dos muçulmanos como sendo pessoas ignorantes e alheias à ciência está totalmente errada, pois muito conhecimento nasceu ou foi desenvolvido em territórios muçulmanos como Álgebra, Química, Medicina dentre outros; vejamos alguns trechos do Alcorão:

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Big-Bang

“Não vêem, acaso, os incrédulos, que os céus e a terra eram uma só massa, que desagregamos, e que criamos todos os seres vivos da água? Não crêem ainda?

(Alcorão Sagrado, Capítulo 21, versículo 30).
 

“Então, abrangeu, em Seus desígnios, o firmamento quando este ainda era gases, e lhes  disse, e também à terra: Juntai-vos, de bom ou de mau grado! Responderam: Juntamo-nos voluntariamente.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 41, versículo 11).

Expansão do Universo

“E construímos o firmamento com poder e perícia, e Nós o estamos expandindo.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 51, versículo 47).

– Uma mensagem para a humanidade

          Ao contrário de outros Profetas de Allah, Muhammad foi enviado para proclamar o Islam para a humanidade, enquanto que  na Bíblia Jesus diz ser enviado para as ovelhas perdidas da “Casa de Israel”, alguns trechos do Alcorão mostram este fato:

“E (Jesus) será um mensageiro para os israelitas(…)”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 3, versículo 49).

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“ O mês de Ramadan foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação para ahumanidade e evidência de orientação e Discernimento. (…)”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 2, versículo 185).

“São aqueles que Allah iluminou. Toma, pois, seu exemplo. Dize-lhes: Não vos exijo recompensa alguma, por isto. Ele (o Alcorão) não é mais do que uma mensagem para a humanidade.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 6, versículo 90).

“Tu não lhes pedes por isso recompensa alguma, pois isto não é mais do que uma mensagem para a humanidade.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 12, versículo 104).

“Bendito seja Aquele que revelou o Discernimento ao Seu servo – para que fosse um admoestador da humanidade.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 25, versículo 1).

– Uma mensagem protegida

          É uma honra e um privilégio indescritível para todo muçulmano ter a oportunidade de ler um Livro revelado por Allah e conservado em seu idioma original, contrastando com a maior parte ou talvez todos os escritos bíblicos que são, em sua maioria,

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traduções de traduções. Tal fato proporciona aos

muçulmanos a oportunidade de estudar uma revelação original bastando para isto aprender o idioma árabe.

          A revelação de Allah é protegida e um dos principais sinais disto é que muitos muçulmanos decoraram o Alcorão, logo, mesmo que queimassem todos os exemplares do Livro Sagrado, a revelação manter-se-ia viva:

“Em verdade, facilitamos o Alcorão para a recordação.”

 (Alcorão Sagrado, Capítulo 54, versículo 22).

“Num Livro bem guardado.”
(Alcorão Sagrado, Capítulo 56, versículo 78).

          Enfim, estes são apenas alguns fatos dentre inúmeros outros que corroboram o Alcorão como sendo uma revelação de Allah, quanto mais o homem estudar este Livro, mais coisas e fatos impressionantes irá descobrir. Tentar abarcar o conteúdo corânico em qualquer obra por mais avançada que seja é utopia, seu conteúdo é completo e serviria como legislação para qualquer país. Para os muçulmanos é simplesmente o melhor Livro que existe na face da terra para se ler, sendo tão respeitável e nobre que todos devem purificar-se

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antes de tocá-lo e se calar para ouvi-lo quando estiver sendo recitado. Ele comprova a mensagem dos Mensageiros e Profetas de Allah anteriores à sua revelação, cita fatos como a existência dos anjos, do Dia do Juízo, do Paraíso e do Inferno, Jesus como sendo o Messias nascido da Virgem Maria dentre muitas outras coisas que iluminam a vida de todos os muçulmanos.

          Muitos afirmar que a Bíblia é o Livro mais vendido no mundo, porém devemos observar que o Alcorão não costuma ser vendido, mas sim dado, desta forma exclui-se deste tipo de estatística mercantil.

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  1. A Prática

    A prática islâmica é voltada basicamente para a adoração de Allah e isto envolve glorificar, venerar, exaltar, honrar, respeitar, amar, submeter-se, confiar e todas as coisas boas que podemos fazer para Allah. Alguns pensam que para ser muçulmano é obrigatório usar túnica, barba e taquia (gorro), no entanto estas práticas não são obrigatórias.
    Uma pessoa que crê no Dia do Juízo com fervor tem seus atos moldados por sua crença, produzindo comportamentos positivos de alguém que teme a prática de qualquer ato maléfico. Uma pessoa que não crê, ou melhor, que crê no oposto possui a tendência de ser levada a um caminho oposto. Observando-se que falamos apenas do Dia do Juízo o qual é apenas uma parte da revelação, podemos imaginar como a descrença ou oposição ao Islam pode levar a sociedade a um caminho trágico e sem volta. Portanto a crença tem grande influência sobre os atos das pessoas.

          A palavra “prática” é muito abrangente, inclui desde as coisas mais complexas até as mais simples, tradicionalmente os pilares do Islam são cinco os quais serão mencionados brevemente conforme o proposto, no entanto o leitor não deve pensar que a prática do Islam limita-se a estes cinco pilares, pois existem muitas outras práticas ordenadas no Alcorão como, por exemplo, dizer sempre a verdade e comparecer à Oração de Sexta-Feira.

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– O Testemunho

 

          A Declaração de Fé é o principal pilar do Islam, conhecida como Shahádah ela significa “testemunho”, é pronunciada por todo muçulmano sendo constituída por duas declarações feitas em árabe que significam “Testemunho que não há divindade além de Allah” e “Testemunho que Muhammad é mensageiro de Allah”.

          Tradicionalmente, todo aquele que pronuncia estas frases e todo o coração e com toda convicção e Fé, se torna um muçulmano.

– A Oração

 

Um muçulmano deve orar cinco vezes ao dia em determinados pontos: Ao amanhecer; por volta do meio dia; de tarde; ao anoitecer e de noite.

O Alcorão trata de circunstâncias especiais nas quais a oração é dificultosa, permitindo, sob determinadas condições, fazer a oração andando ou de outras maneiras mais cômodas. Existem muitos detalhes envolvidos com este tema, há inclusive livros que falam somente sobre a oração.

Alguns aspectos da oração: A purificação que deve ser feita antes de orar caso o muçulmano se encontre impuro; deve-se tomar a direção de Meca antes de orar; o local deve estar limpo; a intenção deve ser agradar somente a Allah.

 

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– A Caridade

           A Zakah é uma quantia oferecida diretamente aos pobres ou então a alguma entidade islâmica que faça este trabalho e que empregue o dinheiro na Causa de Allah, uma passagem do Alcorão expressa bem o caráter deste pilar:

“ (…)Perguntam-te o que devem gastar (em caridade). Dize-lhes: Gastai o que sobrar das vossas necessidades. Assim Allah vos elucida os Seus versículos, a fim de que mediteis(…)”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 2, versículo 219).

          Cada muçulmano deve se empenhar em contribuir com o Islam da forma como pode, se não puder contribuir financeiramente ele pode se dedicar de diversas formas usando daquilo que Allah o dadivou como tempo, conhecimento e inteligência:

“E vos agraciou com tudo quanto Lhe pedistes. E se contardes as mercês de Deus, não podereis enumerá-las(…)”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 14, versículo 34).

– O Ramadan

          Durante o mês de Ramadan o muçulmano jejua e se abstêm de relação sexual durante a parte clara do dia, o jejum é completo, ou seja, não se pode

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comer e nem beber. Estão dispensados aqueles que teriam muito sacrifício em cumprir o jejum, como grávidas e enfermos:                                                 

“Ó crentes, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Allah. Jejuareis determinados dias; porém, quem de vós não cumprir o  jejum, por achar-se enfermo ou em viagem, jejuará, depois, o mesmo número de dias. Mas quem, só à custa de muito sacrifício, consegue cumpri-lo, tiver de o quebrar, redimir-se-á, alimentando um necessitado; porém, quem se empenhar em fazer além do que for obrigatório, será melhor. Mas, se jejuardes, será preferível para vós, se quereis sabê-lo.O mês de Ramadan foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação para a humanidade e  evidência de orientação e Discernimento. Por conseguinte, quem de vós presenciar o novilúnio deste mês deverá jejuar; porém, quem se achar enfermo ou em viagem jejuará, depois, o mesmo número de dias. Allah vos deseja a comodidade e não a dificuldade, mas cumpri o número (de dias), e glorificai a Allah por ter-vos orientado, a fim de que (Lhe) agradeçais.”  (Alcorão Sagrado, Capítulo 2, versículos 183, 184 e 185).

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– A Peregrinação

Ao menos uma vez na vida, todo muçulmano deve peregrinar a Meca se tiver condições para isso. Este fato reúne uma gigantesca multidão de servos de Allah todos os anos sendo uma experiência religiosa única que também serve de testemunho para a humanidade:

“(…)quem quer que nela (Meca) se refugie estará em segurança. A peregrinação à Casa é um dever para com Allah, por parte de todos os seres humanos, que estão em condições de empreendê-la; entretanto, quem se negar a isso saiba que Allah pode prescindir de todas as criaturas.”
(Alcorão Sagrado, Capítulo 3, versículo 97).

                                                                                 

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  1. Algumas questões e fatos

    – A maior religião do mundo

Hoje em dia o Islam é a maior religião do mundo e a que mais cresce também, o próprio Papa assumiu este fato em 2008. A segunda maior religião é o catolicismo:

“O número de muçulmanos supera o de católicos romanos. O islã congrega 1,14 bilhão de fiéis. São 100 milhões de pessoas a mais que o rebanho do papa João Paulo II. Há várias razões para as mudanças ocorridas no ranking da fé. Não há religião que cresça no ritmo do islamismo 16% a mais de crentes a cada ano.”

(Matéria da Veja – O mundo é de Alá- 02/06/1999)

          Este crescimento tem provocado reações absurdamente injustas como a proibição de construção de mesquitas na Suíça e a proibição total ou parcial do uso de véu por parte das muçulmanas em alguns países europeus. No entanto, tais medidas só servem para divulgar mais ainda o Islam como no recente caso do “Pastor” norte-americano que queria realizar um festival de queima do Alcorão.

                                                                                       

                                                                                                              

                                                                            

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– A Questão da Mulher
         

A imagem feminina que o mundo tem das muçulmanas é que elas vivem sob uma opressão constante e possuem importância restrita a aspectos familiares e conjugais. A verdade é bem diferente desta generalização irracional ou mal intencionada,  há muitas mulheres que trabalham, estudam e interagem socialmente e, ao contrário do que pensam muitas pessoas, o Islam que garantiu muitos direitos que até então as mulheres não possuíam como, por exemplo: O direito à herança, ao divórcio e de se casarem com quem quiserem. Isto tudo contrasta com a era da ignorância que predominava na península arábica pré-islâmica.

O ocidente se vê como civilizado, avançado e com leis superiores às do Islam, porém, na verdade, fatos como a barbárie da prostituição são legalizados ou praticados descaradamente em alguns países que se dizem desenvolvidos e civilizados: Não existe nenhum respeito e consideração à dignidade humana, para eles a troca de dinheiro por sexo é algo normal, mas muitas mulheres são escravas desta prática e muitas sustentam seus lares desta forma indigna e vergonhosa.

No Brasil a exploração sexual atinge todos os sexos e até crianças que muitas vezes são vítimas do “turismo sexual”, o consumo de álcool é estimulado por uma mescla de prostituição e mundanismo em todos os horários e em grande parte dos canais de

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TV, dos sites da internet e nas rádios. Quase todos lucram com esta corrupção contribuindo com a disseminação de um câncer imoral ideológico que faz com que as pessoas acreditem que aquilo que eles dizem é o caminho a ser seguido.

Portanto, as muçulmanas é que são livres, pois não se submeteram ao consumismo, nem à obscenidade ou à falta de modéstia: Vestem-se com pudor, pois não são servas dos homens, mas sim de Allah e, quando adquirem matrimônio, formam em conjunto com o seu esposo uma família guiada por Allah.

– A questão do terrorismo

          O terrorismo é um ato de injustiça e barbaridade, portanto é contrário ao Islam. A mídia transmite e difunde as ações de grupos terroristas e as pessoas generalizam e acabam por associar erroneamente o Islam ao terrorismo, no entanto, as pessoas acabam nem percebendo que as principais vítimas do terrorismo são os próprios muçulmanos, já que a maior parte dos atentados acontecem em países islâmicos. Alguns trechos do Alcorão nos fazem refletir sobre a verdade que o Islam impõe sobre tal prática:

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“ De sorte que prescrevemos aos israelitas que quem matar uma pessoa, sem que esta tenha cometido homicídio ou semeado a corrupção na terra, será considerado como se tivesse assassinado toda a humanidade; quem a salvar, será reputado como se tivesse salvo toda a humanidade(…)”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 5, versículo 32).

“Não mateis o ser que Allah vedou matar, senão legitimamente; mas, se matardes alguém injustamente, facultamos ao parente do morto a represália; porém, que (o parente) não se exceda na vingança, pois ele está auxiliado (pela lei).”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 17, versículo 33).

“Quem matar, intencionalmente, um crente, seu castigo será o Inferno, onde permanecerá eternamente. Allah o abominará, amaldiçoá-lo-á e lhe preparará um severo castigo.”
(Alcorão Sagrado, Capítulo 4, versículo 93).

          Devemos tomar cuidado com as generalizações, pois é comum encontrarmos “membros” de grupos que agem de forma estranha aos princípios deste. Os casos de pedofilia por parte de clérigos da Igreja Católica são escandalosos, mas não permitem que digamos que os católicos são pedófilos.

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Os casos de corrupção, exploração e enriquecimento ilícito por parte de muitos pastores evangélicos não permitem que generalizemos dizendo que todos são ladrões, assim como o caso de “judeus” que se apropriaram de terras palestinas, mesmo estas estando ocupadas por famílias, expulsando mulheres e crianças e depois as confinando à condições desumanas e inclusive atacando comboios de ajuda humanitária, não nos permitem dizer que todos eles são genocidas, ladrões ou idólatras que não refletem as Leis de Allah.

          Muitos homens e mulheres movidos pelo ódio nascente de injustiças e barbaridades indescritíveis vieram a se tornar terroristas, mas muitos não se tornaram terroristas e muitos inclusive lutam contra os terroristas: Allah julgará a todos nós com justiça.

– Os muçulmanos adoram a Kaaba?

Uma das prescrições do Alcorão é orar na direção de Meca, nesta cidade sagrada existe um templo conhecido como Kaaba para o qual todo muçulmano se volta quando vai realizar a oração independentemente do lugar em que esteja. Algumas pessoas acham que adoramos aquele templo, mas, na verdade, adoramos apenas a Allah e O obedecemos, o Templo indica a direção da oração não sendo, portanto, um ídolo:

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“(…)Nós não estabelecemos a quibla (direção) que tu (ó Mohammad) seguias, senão para distinguir aqueles que seguem o Mensageiro, daqueles que desertam, ainda que tal mudança seja penosa, salvo para os que Allah orienta.(…)”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 2, versículo 143).

– Os muçulmanos crêem em Jesus?

A maior parte da cristandade crê em Jesus como sendo filho de Allah ou o próprio Allah de forma controversa e nebulosa. Tal falácia requer verdadeiros malabarismos de imaginação para tentar convencer as pessoas.

No Islam, Jesus é o Messias nascido da virgem Maria e enviado a Israel, ele recebeu a mesma mensagem principal dos Profetas anteriores a ele e adorava a Allah e, por isso mesmo, era muçulmano como todos os outros Profetas. Cristo ordenou a prática da submissão a Allah, ou seja, o Islam, Jesus orava a Allah e é um exemplo de devoção e submissão a Allah citado muitas vezes no Alcorão.

No Dia do Juízo, Jesus renegará a todos os que o tomaram por divindade. Vejamos alguns trechos do Alcorão nos quais Jesus é mencionado:

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“Dizei: Cremos em Allah, no que nos tem sido
revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac,a Jacó e às tribos; no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, e a Ele nos submetemos.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 2, versículo 136).

“O exemplo de Jesus, ante Allah, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó, então lhe disse: Seja! e foi.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 3, versículo 59).

“Nenhum dos adeptos do Livro deixará de acreditar nele (Jesus), antes da sua morte,e, no Dia da Ressurreição, testemunhará contra eles.

Inspiramos-te, assim como inspiramos Noé e os
profetas que o sucederam; assim, também, inspiramos Abraão, Ismael, Isaac, Jacó e as tribos, Jesus, Jó, Jonas, Aarão, Salomão, e concedemos os Salmos a Davi.

Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Allah senão a verdade. O Messias, Jesus,filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Allah e o Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Allah e em Seus mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para

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vós; sabei que Allah é Uno. Glorificado seja! Longe

está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Allah é mais do que suficiente Guardião.O Messias não nega ser um servo de Allah, assim como tampouco o fizeram os anjos próximos (de Allah). Mas (quanto) àqueles que desdenharam a adoração a Ele e se ensoberbeceram, Ele os congregará a todos ante Si.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 4, versículos 159, 163, 171 e 172).

“E depois deles (profetas), enviamos Jesus, filho de Maria, corroborando a Tora que o precedeu; e lhe concedemos o Evangelho, que encerra orientação e luz, corroborante do que foi revelado na Tora e exortação para os tementes. E recorda-te de quando Allah disse: Ó Jesus, filho de Maria! Foste tu quem disseste aos homens: Tomai a mim e a minha mãe por duas divindades, em vez de Allah? Respondeu: Glorificado sejas! É inconcebível que eu tenha dito o que por direito não me corresponde. Se tivesse dito,
tê-lo-ias sabido, porque Tu conheces a natureza da minha mente, ao passo que ignoro(não sei) o que encerra a Tua. Somente Tu és Conhecedor do desconhecido. Não lhes disse, senão o que me ordenaste: Adorai a Allah, meu Senhor e vosso! E enquanto permaneci entre eles, fui testemunha contra eles; e quando quiseste encerrar os meus dias na terra, foste Tu o seu Único observador, porque és Testemunha de tudo.

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Se Tu os castigas é porque são Teus servos; e se os perdoas, é porque Tu és o Poderoso, o Prudentíssimo.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 5, versículos 46, 116, 117 e 118).

“É inadmissível que Allah tenha tido um filho. Glorificado seja! Quando decide uma coisa, basta-lhe dizer: Seja!, e é.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 19, versículo 35).

“Prescreveu-vos a mesma religião que havia instituído para Noé, a qual te revelamos, a qual havíamos recomendado a Abraão, a Moisés e a Jesus, (dizendo-lhes):Observai a religião e não discrepeis acerca
disso; em verdade, os idólatras se ressentiram daquilo a que os convocaste. Allah elege quem Lhe apraz e encaminha para Si o contrito.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 42, versículo 13).

“Ele (Jesus) não é mais do que um servo que
agraciamos, e do qual fizemos um exemplo para os israelitas.E (Jesus) será um sinal (do advento) da Hora. Não duvideis, pois, dela, e segui-me, porque esta é a senda reta.”
(Alcorão Sagrado, Capítulo 43, versículos 59 e 61).

 

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Então, após eles, enviamos outros mensageiros Nossos e, após estes, enviamos Jesus, filho de Maria, a quem concedemos o Evangelho; e infundimos nos corações daqueles que o seguiam compaixão e clemência. No entanto, (agora) seguem a vida monástica, que inventaram, mas que não lhes prescrevemos; (Nós lhes prescrevemos) apenas comprazerem a Allah; porém, não o observaram devidamente. E recompensamos os crentes, dentre eles; porém, a maioria é depravada.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 57, versículo 27).

“E de quando Jesus, filho de Maria, disse: Ó israelitas, em verdade, sou o mensageiro de Allah, enviado a vós, corroborante de tudo quanto a Tora antecipou no tocante às predições, e alvissareiro de um Mensageiro que virá depois de mim, cujo nome será Ahmad (Mohammad)! Entretanto, quando lhes foram apresentadas as evidências disseram: Isto é pura magia!”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 61, versículo 6).

– Muhammad fundou o Islam?

Em contraste com as demais crenças e ideologias, a submissão a Allah (Islam) surgiu bem antes de Muhammad e, se formos pensar, surgiu antes até do homem, pois tudo se submete a Allah de bom ou de mal grado:

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“A Allah se prostram aqueles que estão nos céus e na terra, quer queiram quer não, tal como fazem as suas sombras, ao amanhecer e ao entardecer.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 13, versículo 15).

          Allah criou todas as coisas e, mesmo com a mais avançada tecnologia, o homem é um ser impotente diante de Allah e sempre será dependente dEle. Allah não depende de nada e nem de ninguém todas as coisas e seres submetem-se à Sua vontade, pois Ele foi Quem os criou e Sua vontade sempre se cumpre, pois é Todo Poderoso e fez com que todos os Profetas pregassem o Islam.

– O Islam é imposto?

Alguns acreditam que o Islam obriga as pessoas a se converterem por meio da espada, isto é contrário aos princípios da revelação de Allah, portanto não faz parte da prática religiosa:

“Não há imposição quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro.(…)”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 2, versículo 256).

          Além disso, a imposição da religião seria algo contraditório, pois temos visto que a religião depende da Fé a qual não pode ser imposta.

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– Há racismo no Islam?

          Não existe discriminação étnica no Islam, muitos países da África e a Indonésia são exemplos claros disso sem falar nos muitos revertidos europeus, americanos e do mundo todo. Não importa a etnia no Islam, mas sim a homogeneidade da crença, pois foi Allah Quem criou tudo e todos os homens:

“E entre os Seus sinais está a criação dos céus e da terra, as variedades dos vossos idiomas e das vossas cores. Em verdade, nisto há sinais para os que refletem.”

 (Alcorão Sagrado, Capítulo 30, versículo 22).

“E entre os humanos, entre os répteis e entre o gado, há indivíduos também de diferentes cores. Os sábios, dentre os servos de Allah, só a Ele temem, porque sabem que Allah é Poderoso, Indulgentíssimo.”
(Alcorão Sagrado, Capítulo 35, versículo 28).

          Antes das orações nas mesquitas, há um chamamento feito em voz alta e melódica avisando aos fiéis que chegou a hora da oração, esta tarefa é honrosa para quem a pratica e chega a ser muito disputada às vezes. Nos primórdios do Islam,

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um escravo foi libertado por Muhammad, ele era negro e foi o primeiro a realizar tal chamado constituindo, portanto, um exemplo claro de que o Islam é contra o racismo.

– Muçulmanos odeiam judeus?

          Hoje em dia muitos se denominam judeus por uma mera questão hereditária e não religiosa, tanto é que Israel é um país laico que se abriu a algumas práticas alheias aos mandamentos ordenados por Allah na Torá. Atualmente, Israel é o único país do oriente médio onde é permitida a parada gay, desafiando e escarnecendo das Leis de Allah.

          Quanto aos que praticam o que Allah lhes ordenou, com sinceridade e se esforçam em agradá-Lo, o Alcorão diz:

“Os crentes, os judeus, os cristãos, e os sabeus*, enfim todos os que crêem em Allah, no Dia do Juízo Final, e praticam o bem, receberão a sua recompensa do seu Senhor e não serão presas do temor, nem se angustiarão.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 2, versículo 62).

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* Neste caso trata-se de um grupo cristão, conhecidos também por sabinos, madianenses, nestorianos ou cristãos de São Pedro. 

– Os muçulmanos crêem somente em Muhammad?

          Os muçulmanos crêem em todos os Mensageiros e Profetas de Allah, não fazendo distinção entre eles e nem preferindo uns em detrimento de outros:

“Dize: Cremos em Allah, no que nos foi revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos,e no que, do Senhor, foi concedido a Moisés, a Jesus e aos profetas; não fazemos distinção alguma entre eles, porque somos, para Ele, muçulmanos.”

(Alcorão Sagrado, Capítulo 3, versículo 84).

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  1. A Situação Brasileira

 

          O atual contexto religioso do Brasil é, em grande parte, reflexo de uma falta de oportunidade de escolha e de informação. A internet foi uma grande aliada do Islam para as pessoas que a usam de forma correta, porém, a grande maioria usa esta maravilha tecnológica de forma prejudicial.

          Predominam programas de TV e Rádio que se confrontam na disputa por cada ovelha, esta disputa ocorre principalmente entre evangélicos e católicos e, muitas vezes, entre eles mesmos. Alguns grupos evangélicos são exceção e não têm TV por dizerem que é coisa do demônio.

          É comum novelas, filmes ou programas de algumas emissoras fazerem propaganda do espiritismo que é uma doutrina divergente da Palavra de Allah, ou melhor, uma doutrina pseudoseguidora, já que muitos adeptos dela se esforçam em tentar fazer convenientes adaptações interpretativas da Bíblia. Conceitos estranhos à Revelação de Allah como a reencarnação são inseridos: Dizem que tivemos vidas passadas, no entanto o que Allah revelou é que morreremos e seremos ressuscitados para o Dia do Juízo. Muitas pessoas que procuram tal crença erram por desejarem um conforto pela perda de alguém ou uma visão otimista da morte, pois amam muito a vida mundana e os seus prazeres e temem o fim disto, mas de nada adianta um conforto se ele é baseado em uma farsa e a verdade é conforto de Allah que é a

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promessa do Paraíso para os seus servos. É bom citar

também uma coisa sutil: Este tipo de crença é procurado por muitas pessoas que desejam ficar com a “consciência limpa”, pois, se existem vidas passadas, então existem oportunidades de melhorarem suas ações e, neste caso, não iriam para o inferno, no entanto, existe apenas esta vida e, depois dela, O Julgamento de Allah.

          Existem centenas de denominações evangélicas com diversas doutrinas cujas divergências possuem amplitude varíavel, algumas são muito parecidas e, aparentemente, têm apenas nomes diferentes, outras são tão diferentes que nem parecem ter uma origem comum. Muitos seguidores e até pregadores têm a visão de que sua denominação é a melhor e, às vezes, pregam com audácia que são elas o único caminho para a salvação. Alguns programas, senão todos, são de uma falta de escrúpulos espantosa: Colocam exemplos fabricados de pessoas arruinadas financeiramente e com problemas familiares as quais, após começarem a frequentar a igreja em questão, acabam ficando ricas com várias casas e carros importados na garagem… Isto tudo não passa de um chamariz, pois devemos adorar a Allah não por causa do que Ele nos dá; claro que devemos ser gratos a tudo o que Ele nos dá, pois tudo vem dEle, mas devemos adorá-Lo por Ele ser Allah e não por interesse. A pessoa que vai a tal igreja atraída por

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este tipo de “comercial” é indigna de Allah, pois não foi

com a intenção de agradar a Allah, mas sim, buscar melhorias para esta vida mundana. Certamente tal pessoa saíra ou permanecerá em pior situação do que quando chegou a freqüentar tal culto.

          Muitos “fiéis” são explorados por muitas igrejas, escândalos de corrupção e enriquecimento ilícito comprovam tal fato. Episódios absurdos de pura charlatanice e comércio são vistos de forma passiva, alguns elementos destas igrejas denominam-se apóstolos e até profetas, dizem mentiras e fabricam “milagres” aproveitando-se da ignorância de muitas pessoas. A igreja católica percebeu que perdia fiéis no Brasil para estas seitas menores e passou a competir com elas no mesmo nível com músicas de nível inferior em talento cantadas por padres, programas religiosos em uma tentativa desesperada de não perder o rebanho, apenas não chegou ao nível de protagonizar “milagres” em todas as missas, assim com fazem alguns grupos evangélicos em seus cultos, mas continuam sua fabricação de ídolos e santos como tradicionalmente sempre fizeram. Isto tudo também serve para maquiar os recentes escândalos de pedofilia, homossexualismo e fornicação e as estratégias mudaram, pois antigamente escolhiam a violência como solução óbvia de seus problemas, como, por exemplo, na Inquisição e nas Cruzadas.

          Enfim, todo este quadro é retocado por minorias

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que praticam cultos pagãos que não merecem ser

mais mencionados do que isto. O Islam começa a ganhar mais seguidores no Brasil, traduções do sentido do Alcorão, livros gratuitos, sites, vídeos, novas mesquitas e o esforço de muitos muçulmanos em divulgar a Verdade de Allah são uma luz para todos aqueles que procuram o caminho reto. Allah faz o que deseja e ninguém pode opor-se a Ele.

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Referências

NASR, Dr. Helmi. Tradução do Sentido do NOBRE ALCORÃO para a Língua Portuguesa. 1ª Edição. Al-Madinah Al-Munauarah K.S.A: Complexo do Rei Fahd, 2005.

IBRAHIM, I.A. Um Breve Guia Ilustrado para Compreender o Islam. Tradução Maria Christina da S. Moreira. 1ª Edição. Houston, Texas, USA: Editora Darussalam, 2007.

SEDA, Pete. O Islão é… Uma introdução ao islão e aos seus princípios. TraduçãoM. Yiossuf M. Adamdy. 1ª edição. Rabwah: The Islamic Propagation Office, 2005.

JUNQUEIRA, Eduardo. O Mundo é de Alá. Veja, São Paulo, n.1600, p. 130-131, junho/1999.

Imagens do site http://www.islam101.com/art/bismillah.html

LEONARDO CORREIA MOTA


4 Comentários on “Livro – Islam A Religião Verdadeira”

  1. Filozofiisto disse:

    Sobre “reenkarnasão” , á ke se lenbrar das peskizas de IAN STEVENSON , psikiatra da Universidade de Virjínia , EUA, ke estudou sientifikamente sentenas de kazos de kriansas de vários paízes, as kuais se lenbravam de terem vivido outras ezistênsias .

    STEVENSON selesionou os 20 kazos mais típikos e publicou-os na obra intitulada
    “Twenty cases sugestive of reencarnation”.

    Informou Filozofiisto, do Brazil

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  2. Comentários recem-feitos por Filozofiisto. sobre o ISLAM/Abdullah Muslim…….onde acha-los ?

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  3. “Inferno” eziste ? Então Alá não seria “mizerikordiozo” ….. Esplikem isto . Filozofiisto, do Brazil

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  4. Pergunta: O “inferno” signifikando “kastigo eterno” realmente eziste ?
    Se afirmativo, komo fikaria o alegado atributo de Alá, kognominado o “mizerikordiozo” ?
    Filozofiisto, do Brazil

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